A Origem do Tarô
Alguns autores acreditam que o deus Thot, criador dos hieróglifos, a linguagem e da Astrologia, introduziu o Tarô no Antigo Egito. Thot poderia ter sido um mensageiro vindo de Atlântida com a missão de passar para uma nova civilização uma tradição que estava por se perder.
No século XV, já existia evidências históricas do Tarô na Europa.
O mais antigo e conhecido Tarô foi de Visconti-Sforza, que apareceu em Milão, foi presente de casamento de Francesco Sforza e Blanca María Visconti, obra do artista Bonifácio Bempo.
A partir do século XVII, o Tarô foi divulgado na Europa pelos ciganos.
Foi Court de Gebelin no século XVIII, pastor da Igreja Reformada, maçom e arqueólogo francês, que resgatou o Tarô para as elites da intelectualidade européia.
Gebelin estava convencido de que o Tarô havia sido inventado no Antigo Egito e que os ciganos que o popularizaram pelo mundo.
No século XIX, Eliphas Levi, religioso francês, abade da Igreja Católica, cabalista, filósofo, teve acesso a certos manuscritos que o teriam colocado em contato com a tradição gnóstica perdida. Levi considerou o Tarô como de origem hebraica e os 22 Arcanos Maiores são as 22 linhas que unem as dez Sephiroth que são chamados Caminhos da Árvore da Vida e se correspondem as 22 letras do alfabeto hebraico. Publicou o livro “Dogma e Ritual de Alta Magia”.
Outro grande estudioso do Tarô foi Gerard Anaclet Vincent Encausse, mais conhecido pelo pseudônimo Papus. Médico alquimista nascido na Espanha, Rosa-Cruz e co-fundador da Ordem maçônica dos Martinistas, escreveu o livro “O Tarô dos Boêmios”.
Aleister Crowley, escritor ocultista britânico, iniciado na Golden Dawn (Ordem Hermética do Amanhecer Dourado), dedicou-se ao estudo do Tarô, da alquimia e da magia. Escreveu um texto que foi editado com o título de “O Tarô da Golden Dawn”.
Em 1904 em sua viagem ao Egito, juntamente com sua companheira Rose, em seu trabalho com a magia, invocou Thot, Iao e Hórus. Onde receberam uma mensagem de Hórus:
“A lei é o amor, o amor sob vontade”.
“Fazer a própria vontade é a totalidade da lei”.
Outro Tarô digno de menção é o “Rider-Waite Tarot Desk”, criado por Arthur Edward Waite, apresentando uma cena da vida cotidiana em cada um dos Arcanos Menores.
Outros Tarôs importantes atuais, o Tarô Mitológico, de Juliet Sharman-Burke e Liz Greene, o Tarô Egípcio da Editora Kier (Argentina), que desfaz as quatro séries de Arcanos Menores continuando com a numeração 23, 24, 25,... e 78. O Tarô do Osho Zen de Susan Morgan.
O Tarô Barbara Walker, nascida em Filadélfia na Pensilvânia. Feminista, escreveu sobre religião, antropologia, espiritualidade e mitologia.
A real importância do Tarot está em seu estudo sistemático: a vida do auto conhecimento, pois uma vez adquirida, novos rumos e diretrizes serão traçados por você mesmo, mudando por completo sua vida e seus valores.
Lembre-se, o Tarot não é somente um óraculo, é auto conhecimento, é terapia, é evolução.
O Tarot também passou a chamar a atenção de cientistas, como o psicólogo Carl Gustav Jung, de origem suiça, nascido no ano de 1875. Após uma ampla análise dos símbolos e mitos em diversas religiões, somou suas pesquisas com as experiências clínicas e acabou desenvolvendo a teoria do inconsciente coletivo, que diz que todos os seres humanos teriam em sua mente inconsciente símbolos, referenciais, vontades e medos iguais, uns em relação aos outros.
Por fim, Jung percebeu que o Tarot dispunha desses símbolos, presentes no inconsciente de todas as pessoas, e afirmou ser ele um eficaz instrumento para o ser humano se conheça mais.
Os Rosacruzes chamam o Tarot a caminhada em busca do encontro com o "Eu Interior", da iluminação, da Senda. O Buscador é o Ator, que na Senda, ou Rota, segue ou o caminho Solar, o da Torá, ou o Lunar o do Tarot.
TAROT EGÍPCIO DA EDITORA KIER
O "Livro de Thot"
Por Iglesias Janeiro.
Texto extraído do livro A Cabala da Predição Editora Kier.
Na teogonia egípcia, Thot era uma divindade secundária de caráter lunar, que havendo morado na Terra, ensinou aos homens a escritura e a divisão de tempo e lhes revelou os mistérios cifrados nas medidas. Chamado "duas vezes grande" pelos primitivos egípcios em razão de que seus ensinamentos se referiam os dois mundos - o oculto e o manifestado - denominado "três vezes grande" pelos continuadores de sua obra em razão de que seus ensinamentos se relacionam com os três planos em que se move o pensamento do homem e este identifica e expressa o quanto sua natureza é capaz de perceber e discernir. Crê-se que o conceito cosmogônico do Ano Divino e os ciclos de evolução associados a este conceito, são obra das doutrinas que Thot transmitia pessoalmente a um grupo de escolhidos, sendo a idéia de construir monumentos que resistissem à ação dos elementos e pudesse testemunhar as generalizações provenientes da verdade dessas doutrinas, a específica chave do conhecimento adiantado que o dito mestre deu aos seus discípulos a respeito das mutações dos tempos e ao florescimento e decadência que profetizou a civilização do Nilo. Por ser de imenso valor o que o mestre ensinou de viva voz, a tradição dota da maior importância um livro que Thot deixou escrito, e que, a julgar pelas referencias que há sobre ele mesmo, contém aquela coisa que dá o conhecimento a todos os demais.
De acordo dom as ditas referencias, neste livro as divindades representam princípios universais, os princípios universais se expressam por meio de símbolos, os símbolos se interpretam por meio de números e os números se traduzem idéias, que a mente conhece não pelo que é a idéia em si mesma, senão pelo vínculo que tem com o princípio universal com que se relaciona.
Conhecedor Thot de que o tempo não havia chegado para que os ensinamentos tal modo cifrados cumprissem sua missão, encerrou o livro numa caixa de ouro, colocou a caixa de ouro em uma de prata, a de prata numa de marfim, a de marfim, numa de bronze, a de bronze em uma de cobre, a de cobre numa de ferro e esta ultima contendo o livro e as demais caixas, a depositou no fundo do Nilo. Há indícios que os “vasos de ouro e prata” “que Moisés disse que os israelitas roubaram do Egito, estavam algumas das lâminas que compunham as páginas deste livro, e que ao conhecer o conteúdo os sacerdotes mais chegados ao legislador hebreu, foram mais tarde os fundamentos da Cabala”. O abade Anastacio Kischer, numa viagem que fez ao Egito há uns 300 anos, parece que obteve uma dessas laminas, que pertenceu depois ao Cardeal Bembo, publicando-a Kircher em seu livro “A língua egípcia constituída, e servindo-se dos signos que contém como chave para decifrar numerosos hieróglifos, entre outros, alguns murais de antiquíssimo templos, que resultaram corresponder a várias das laminas do livro de Thot”. Comparando as idéias expressas nos hieróglifos conhecidos e comparando o número da ordem deles em cada lamina, pelo o que possuíam se podem restabelecer os que faltavam, e novamente reunida e estudada toda a coleção, os investigadores de distintas escolas adaptaram as conclusões às suas respectivas doutrinas, e embora para alguns se tratasse de um livro que encerra ou declara os mais profundos mistérios, para outros não passou de ser um objeto de entremetimento, chegando a converteres, para os primeiros entre eles Couro de Gevelén, Etteilla e Paus, em um arcano cujo simbolismo tem seus equivalentes nos elementos primários que formam a inteligência humana, e para os segundos - a imensa maioria - em uma série de naipes cuja combinação se presta aos mais variados jogos de azar. Ao tomarmos o simbolismo do Livro de Thot como possível chave que facilita a predição por inspiração psíquica, o fazemos dentro do ponto de vista dos primeiros, isto é, aos que aceitam que os princípios universais estão representados nestas laminas por divindades, as divindades pelos signos, os signos por números, e estes pelo que há na inteligência humana que compreende o sentido de todo ele.
Dentro deste ponto de vista cada lamina de Thot é todo um compendio de ideogramas, que sendo a expressão de conceitos universais para a mente, não só abre esta à compreensão destes conceitos, como atualiza momentaneamente certas faculdades e põe em movimento o automatismo que permite exercitá-los para determinados propósitos. Vejamos as facilidades com que o método concorre para atingir este fim.
História do Tarot Egípcio editado pela Ed. Kier.
Athanaius Kircher em sua obra “Oedipus Aegyptiacus. hoc est universalis doctrinae hieroglyphicae instauratio " (1652-55) reproduziu estas lâminas. Em uma viagem na época ao Egito encontraram algumas e servindo-se dos símbolos e dos hieroglifos restituiu a coleção.
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Samýra Muraddy
(Walderez)
Atendimento completo dentro da Mandala Astrológica, através do Tarô Egípcio da Kier, Tarô da Barbara Walker, Baralho Lenormand (Baralho Cigano), Runas, Borra de Café e Quirologia.